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Cientistas e experiências mediúnicas - Albert Freiherr von Schrenck-Notzing Artigo do Jornal: Jornal Agosto 2016


Formação Profissional

Albert Freiherr von Schrenck-Notzing era um médico alemão, psiquiatra, que dedicou grande parte de sua vida ao estudo de eventos paranormais relacionados com a mediunidade, hipnotismo e telepatia. Investigou vários médiuns conhecidos àquela época, como Eusápia Paladino, Will Schneider, Rud Schneider e Valentine Dencause.

       É considerado pelos registros do Guinness Book of Records como o primeiro forensic psichologist do mundo (Forensic psichologist – Psicologia Forense é a interseção entre a psicologia e o Sistema Jurídico).

       Albert Freiherr von Schrenck-Notzing nasceu em 18 de maio de 1862 em Oldenburg, Alemanha. Seus pais pertenciam a uma antiga família aristocrática de Munique, os Schrenck von Notzing. Seu pai era o major Walter von Schrenck-Notzing e sua mãe, Meta Abbes.

       Ingressou no curso de medicina da Universidade de Munich em 1883 e graduou-se em 1888 com uma tese sobre aplicação terapêutica da hipnose na qual relatou a cura de um paciente do famoso médico Jean-Martin Charcot, inspirado nos trabalhos de Richard von Krafft-Ebing sobre “patologia sexual”.

 

Inicio de carreira

       No ano seguinte, estabeleceu-se em Munique, como médico prático. Dedicou-se à psicologia médica e foi o primeiro psicoterapeuta no sul da Alemanha. Estudou hipnotismo com o destacado profissional Hippolyte Bernheim em Nancy, juntamente com Sigmund Freud, por volta de 1880.

       De acordo com o filósofo Gerda Walther, que também era seu secretário e biógrafo e também aluno do fenomenologista Edmund Husserl, Schrenck-Notzing mantinha um interesse muito grande em hipnotismo desde seus tempos de aluno na Faculdade de Medicina onde, de brincadeira, tentou hipnotizar seus colegas de turma, sendo que três deles, para sua surpresa, entraram em transe sonambúlico.

 

Vida profissional

       Em 1890, desposou Gary Siegle, filha do industrial Gustav Siegle. Com ela teve dois filhos, Leopold (*1894) e Gustav (*1896). O publicitário Caspar von Schrenck-Notzing é um de seus netos. Suas experiências com a hipnose o fizeram internacionalmente conhecido.

       Em 1886 fundou, juntamente com o filósofo Carl du Prel, em Munique, o "Psychologische Gesellschaft", que tratava de assuntos que, hoje, são principalmente associados com a parapsicologia.

       Escreveu muitas monografias e artigos sobre as suas investigações, muitas das quais nas páginas da Zeitschrift für Parapsychologie. São notáveis ​os relatórios de Thomas Mann sobre as experiências de Schrenck-Notzing com o médium Rudi Schneider que tiveram lugar no início da década de 1920.

       Em 1892, publicou um livro sobre o tratamento de desvios sexuais através da hipnose com o título Psychopathia sexualis, que dedicou a August Forel “em respeito e gratidão”. Também publicou pesquisas sobre a psicologia da dissociação. Seus trabalhos foram bastante citados por outros autores como Krafft-Ebing, August Forel, Havelock Ellis e Morton Prince.

 

Fenômenos mediúnicos

       Entretanto, seu principal interesse continuava a ser o estudo e a compreensão de fenômenos paranormais que desafiavam uma explicação científica. Também se dedicou a pesquisar fenômenos tidos como controversos pela ciência oficial e que eram observados nos médiuns de efeitos físicos. Nesta época havia uma discussão pública muito interessante entre o astrofísico Friedrich Zölner e o fundador da Academia Germânica de Psicologia, Wilhelm Wundt. Em assuntos que se relacionavam com interferência espiritual trabalhou em cooperação com seu amigo Charles Richet, que em 1913 foi laureado com o prêmio Nobel em Psicologia por seus estudos em telecinética, materialização de espíritos e outros fenômenos tidos como inacreditáveis.

 

Schrenck-Notzing e Charles Richet

       A longa amizade entre Schrenck-Notzing e Charles Richet começou em 1888, quando Schrenck-Notzing pediu permissão a Richet para traduzir para o alemão os resultados das pesquisas dele sobre os fenômenos paranormais. Em 1890, Richet convidou Schrenck-Notzing a participar das seções com a médium Eusápia Paladino, que havia convencido da veracidade dos fenômenos a outros cientistas que eram céticos no assunto, como Cesare Lombroso, Enrico Morselli e Pierre Curie.

       Em 1920, Schrenck-Notzing publicou seu segundo livro sobre a psicanálise dos fenômenos da mediunidade em que descreveu os fenômenos de telecinesia observados na médium polonesa Stanislawa Tomczyk, que havia sido descoberta pelo cientista Julian Ochorowicz.

       Albert Freiherr von Schrenck-Notzing desencarnou em 12 de fevereiro de 1929 e deixou muitos outros trabalhos publicados sobre os fenômenos paranormais, mostrando que Ciência e Espiritualidade podem caminhar juntas.

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