Até o século XVI, acreditava-se que a Terra era o centro do universo. Que tudo, inclusive o Sol, girava em torno do eixo de nosso planeta. Mais tarde, com Nicolau Copérnico, foi considerada a ideia de que o Sol seria o centro do universo.
Os anos se passaram e o conhecimento do homem sobre o espaço se desenvolveu, chegando à resposta de que existe um grande infinito: galáxias, outros planetas, estrelas maiores que o Sol, etc. Por fim, vimos que o Sol, influenciava diretamente na órbita de oito planetas, dentre eles, a Terra.
Constituído por um conjunto de corpos celestes que se encontram em seu campo gravítico, inclusive pelo astro Sol que o nomeia, o Sistema Solar compreende os seguintes planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Até 2006, Plutão era visto como um nono planeta do Sistema Solar, mas teve esse conceito alterado. Além desses, encontram-se também os asteroides, os cometas, os satélites e os meteoroides.
Existem várias hipóteses para o surgimento do Sistema Solar. Uma delas, a mais aceita, portanto, justifica a formação por meio de uma grande nuvem formada por gases e poeira cósmica, que se contraiu e acumulou matéria e energia suficientes para dar origem ao Sol.
Os planetas realizam uma órbita elíptica ao redor do Sol, cada qual com suas próprias características relacionadas ao tamanho, massa, densidade e gravidade.
Para compreendermos onde e como se integram os sistemas, é importante ter um conhecimento de um conjunto maior, como o Universo, desde a Galáxia em formato de disco em espiral, da qual pertencemos, a Via Láctea e, por fim, o Sistema Solar, que orbita em volta do centro da galáxia.
Origem do Sistema Solar
Não existem indícios perfeitos que expliquem a formação do Sistema Solar; porém, além de várias outras teorias, uma delas é a mais aceita. Trata-se da Teoria Nebular ou Hipótese Nebular.
Há relatos de que há mais de 4,5 bilhões de anos, uma estrela central e um disco circum-estelar se formaram a partir de uma nuvem de gás e poeira. Esse surgimento gerou uma união de partículas menores que haviam se formado e, posteriormente, maiores, criando-se, então, os atuais planetas.
De acordo com os astrônomos, o tempo necessário para a formação do Sistema Solar foi de, aproximadamente, 100 mil anos. No decorrer desse período, houve uma junção de átomos, formando planetas, satélites e estrelas.
Os planetas se originaram de sementes conhecidas como planetésimos, corpos de dimensões inferiores a de um planeta e que existiram durante os primeiros anos do Sistema Solar, não existindo atualmente. Ou seja, o Sistema Solar passou por diversas modificações, até chegar ao formato recente.
Os planetas orbitam em um sentido anti-horário ao redor do Sol. Essas órbitas estão situadas em um mesmo plano que o astro-rei, ou bastante próximas, e são chamadas de eclíptica porque a movimentação descreve um formato de eclipse.
O volume do Sistema Solar é praticamente vazio. Contudo, esse espaço não representa um “nada”, pois compõe o meio interplanetário. Diversas formas de energia e dois componentes materiais como poeira e gás estão inclusos no espaço interplanetário. O gás é um tênue fluxo de partículas carregadas, principalmente de prótons, elétrons e de plasma, fluxo que vêm do Sol e é conhecido por vento solar. Já a poeira é composta por partículas sólidas microscópicas.
O Sol: a Estrela do Sistema Solar
O Sol é o principal componente do sistema solar. Ele é a fonte de energia dos planetas e é por causa de sua força gravitacional que os planetas ficam em órbita. Composto principalmente por hidrogênio e hélio, sua luz e calor possibilita as condições de sobrevivência da Terra para os seres vivos. Em seu interior, ocorrem reações químicas como a fusão entre átomos de hidrogênio. Sua superfície é chamada de fotosfera e é lá onde se originam luz e calor. Tal estrela é envolvida por uma camada de gases.
A cada 11 anos, essa estrela passa por um período de extrema agitação, enviando tempestades carregadas de eletricidade para a Terra. Além dessas descargas elétricas influenciarem nos sistemas eletrônicos do nosso planeta, essas ondas de energia criam as conhecidas Aurora Boreal e Austral, em que o ar brilha nas regiões próximas aos polos magnéticos da Terra, gerando no céu um espetáculo de luzes e cores.
A distância entre a Terra e o Sol e de aproximadamente 150 milhões de quilômetros. A luz leva cerca de 8 minutos para chegar até o planeta. Há evidências que indicam que o Sol é uma estrela de tamanho e luminosidade medianas e que ainda existem várias outras bem maiores do que ele.
Semelhante ao planeta Terra, a estrela possui uma estrutura formada por núcleo (com temperaturas altas e é onde ocorre a produção de energia solar), fotosfera (camada formada por grânulos com aparência de um líquido em ebulição), cromosfera (camada aquecida a partir da fotosfera, cujos gases principais são hidrogênio e hélio) e coroa (parte externa com nuvens de gás que vem da cromosfera).
Essa estrela é a fonte mais rica de energia eletromagnética, principalmente sob a forma de calor e luz. Em suas proximidades, há uma estrela anã avermelhada denominada Proxima Centauri, distante apenas a 4,3 anos luz. Mas o que vem a ser anos luz? Esse referencial é uma unidade de medida utilizada em astronomia, que corresponde à distância percorrida pela luz em um ano, no vácuo.
O Sol é uma estrela caracterizada por um brilho intenso. Esse brilho teve início quando o núcleo do astro atingiu 10 milhões de graus Celsius, temperatura suficiente para iniciar reações de fusão nuclear. Essa radiação gerou um vento solar fortíssimo, conhecido por “onda de choque”, espalhando o gás e a poeira restantes das redondezas da recente estrela para os planetas que acabaram de se formar a partir de enormes colisões. Estima-se que o Sol tenha se formado há 5 bilhões de anos.
As distâncias entre as órbitas dos planetas e o Sol são ordenadas, ou seja, são crescentes, de modo que o espaço entre cada planeta é aproximadamente o dobro do espaço anterior. Matematicamente, essa relação é expressa por uma fórmula chamada Lei de Titius-Bode. Em relação às proporções de massa, o Sol contém 99,85% de toda a matéria do Sistema Solar. No entanto, ele é uma das estrelas mais pequenas do universo.
Diâmetro: 1.4 milhões de quilômetros
Massa: 300 mil vezes maior que a massa do planeta Terra
Temperatura: 15.000.000º C
Por que o Sol atrai os planetas?
Através do fenômeno da gravidade, o Sol atrai todos esses corpos para girarem em torno de si. Isso acontece devido ao princípio gravitacional de que um corpo de mais massa atrai corpos menores.
Sendo assim, a Terra e os outros sete planetas do sistema fazem um percurso circular tendo o Sol como centro.
Satélites Naturais
As luas, conhecidas como satélites naturais, são objetos de dimensões consideráveis que orbitam ao redor dos planetas por causa da força gravitacional. Categoricamente, são pequenos astros capturados do cinturão de asteroides, da cintura de Kuiper, e até mesmo formados a partir do próprio planeta que orbita, através de um impacto. São exemplos as luas de Marte e dos planetas gasosos, Tritão de Netuno e a Lua do planeta onde habitamos, a Terra. Os outros planetas do sistema solar também tem suas luas.
A Lua: Satélite Natural da Terra
A Lua é o satélite natural do planeta Terra, com uma distância média de 384.400 km. Ela é rochosa e mede 3.476 km de diâmetro. Dentre todos os outros satélites do Sistema Solar, a Lua terrestre é a maior. Seu tamanho é, aproximadamente, de um ¼ do tamanho da superfície da Terra. Seu diâmetro é de 3478 km e sua massa é de 7.349x10²²kg. A atmosfera desse satélite é composta por hélio, neônio, hidrogênio, argônio e resquícios de dióxido de carbono, metano e amoníaco. A Lua apresenta um período de rotação igual ao de translação. Possui muitas crateras, formadas provavelmente pelo impacto de outros corpos celestes. Não existe atmosfera para proteger nenhum ser vivo das radiações solares, portanto, não são encontrados em sua superfície gases como os presentes na atmosfera terrestre. Não possui água, nem atmosfera, estando o satélite desprovido de erosão eólica (ar) ou hidráulica (água). A temperatura média é de 106º C. Sobre a sua criação, há indícios de que tenha sido formada a partir da colisão entre a Terra e outro corpo celeste.
A lua da Terra foi o primeiro lugar que o homem desbravou no espaço. Vista do planeta possui várias fases, a medida que realiza o seu movimento em torno do planeta, e são conhecidas como fases da lua: Lua Nova, Lua Cheia, Quarto Crescente e Quarto Minguante que são determinadas de acordo com a posição iluminada ou não pelo Sol. O brilho que é visto à noite da luz da lua é proveniente do Sol, pois ela não tem luz própria. As temperaturas variam de acordo com a iluminação que recebe do Sol.
É importante lembrar que existem também os satélites artificiais que foram construídos pelo homem para diversas funções como pesquisa, experiências, para observar a Terra ou o espaço, etc.
Corpos Celestes
Esse grupo possui elementos de uma classe de astros chamada “corpos menores do Sistema Solar”. Ele inclui vários objetos diferenciados como o caso de asteroides, transneptunianos, cometas, centauros, meteoroides, planetoides e outros pequenos corpos.
Cometas
Os cometas são corpos menores parecidos com asteroides, compostos por uma parte sólida, chamada de núcleo, e também de rochas, poeira e gelo. Eles são compostos em grandes proporções por gelos voláteis, de fácil evaporação. Eles possuem órbitas bastante excêntricas. Esse corpo celeste é conhecido por ter, em sua maioria, três partes: a primeira é um centro ou núcleo sólido. A segunda é composta por uma cabeleira, uma cabeça redonda que envolve o núcleo, constituída de partículas de poeira misturadas com água, metano e amoníaco congelados. A terceira é caracterizada por uma longa cauda de poeira e gases que dão continuidade à cabeleira. Existem alguns cometas com período curto de vida e outros já velhos, categorizados como asteroides.
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