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QUEM É ZEFA

QUEM É ZEFA

Vida da artesã Zefa, que vive em Araçuai,chega aos palcos


Espetáculo " O Evangelho segundo dona Zefa", terá única apresentação, dia 21 de julho, a partir das 20:30hs no teatro do Centro Cultural Luz da Lua, em Araçuai

As obras da artesã Zefa, que vive em Araçuai, ganhou o Brasil e o mundo.
O nordeste da seca braba, dos milagres de Padre Cícero e de Antônio Conselheiro; da viola, da sanfona e das lembranças do retirante ganham o palco do teatro no espetáculo ‘O Evangelho Segundo Dona Zefa’.
Com texto e direção de Zeca Ligiéro, a peça conta as histórias vivenciadas pela contadora de histórias, ceramista e escultora em madeira Josefa Alves dos Reis.
Ligiéro reinventa Dona Zefa nos palcos a partir de uma pesquisa desenvolvida ao longo de cinco anos e mais de 20 horas de gravações de vídeo na cidade de Araçuaí, Minas Gerais.
Em cena, a pesquisadora e atriz Marise Nogueira é acompanhada dos músicos Rachel Araújo e Chiquinho Rota, que assina a direção musical. Edu Krieger compôs a trilha original do espetáculo.
Seca, fome, trabalho, família, universo feminino e religião são alguns dos temas recorrentes nos causos de Dona Zefa. “Dona Zefa nos leva à uma época distante, mas ainda presente em muitas comunidades.
Há história viva em sua fala, e é o conteúdo desta que importa”, destaca Ligiéro. Ele dirige a atriz Marise Nogueira neste espetáculo, responsável pela criação das máscaras que são parte da caracterização da personagem.

O espetáculo foi montado com recursos do Fundo de Apoio ao Teatro (Fate) da Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro; e apoio da Fundaçãde Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e do Departamento de Extensão e Cultura da UNIRIO. 
Quem é Zefa

Josefa Alves dos Reis, nascida em 7 de agosto de 1925, mais conhecida como Dona Zefa, rezadeira, contadora de histórias e escultora aposentada, é uma das figuras mais amáveis e interessantes de Araçuaí.

Há muito alguém não me cativava tanto quanto esta senhora com mente fértil. Nasceu Sergipana do polígono das secas e foi para Serra dos Aimorés com toda sua família.

Contou que seus avós eram fazendeiros ricos e que seu pai teve que vender as terras da família por causa de uma seca prolongada por mais de três anos.

Nascida em uma família grande: eram oito moças (incluindo ela), dois rapazes, o pai e a mãe. A família também viveu nas localidades de Lençóis e Bananeira

. Entretanto, ela, depois de muitos anos por esse Brasil afora, resolveu instalar-se em Araçuaí.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Araçuaí: Vida da artesã Zefa chega aos palcos
Espetáculo " O Evangelho segundo dona Zefa", terá única apresentação, dia 21 de julho, a partir das 20:30 horas, no teatro do Centro Cultural Luz da Lua, em Araçuai

Foto: divulgação Vida da artesã Zefa, que vive em Araçuai,chega aos palcos
 

As obras da artesã Zefa, que vive em Araçuai, ganhou o Brasil e o mundo.
O nordeste da seca braba, dos milagres de Padre Cícero e de Antônio Conselheiro; da viola, da sanfona e das lembranças do retirante ganham o palco do teatro no espetáculo ‘O Evangelho Segundo Dona Zefa’.

Com texto e direção de Zeca Ligiéro, a peça conta as histórias vivenciadas pela contadora de histórias, ceramista e escultora em madeira Josefa Alves dos Reis.

Ligiéro reinventa Dona Zefa nos palcos a partir de uma pesquisa desenvolvida ao longo de cinco anos e mais de 20 horas de gravações de vídeo na cidade de Araçuaí, Minas Gerais.

Em cena, a pesquisadora e atriz Marise Nogueira é acompanhada dos músicos Rachel Araújo e Chiquinho Rota, que assina a direção musical. Edu Krieger compôs a trilha original do espetáculo.

Seca, fome, trabalho, família, universo feminino e religião são alguns dos temas recorrentes nos causos de Dona Zefa. “Dona Zefa nos leva à uma época distante, mas ainda presente em muitas comunidades.

Há história viva em sua fala, e é o conteúdo desta que importa”, destaca Ligiéro. Ele dirige a atriz Marise Nogueira neste espetáculo, responsável pela criação das máscaras que são parte da caracterização da personagem.

O espetáculo foi montado com recursos do Fundo de Apoio ao Teatro (Fate) da Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro; e apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e do Departamento de Extensão e Cultura da UNIRIO.
Quem é Zefa
Josefa Alves dos Reis, nascida em 7 de agosto de 1925, mais conhecida como Dona Zefa, rezadeira, contadora de histórias e escultora aposentada, é uma das figuras mais amáveis e interessantes de Araçuaí.

Há muito alguém não me cativava tanto quanto esta senhora com mente fértil. Nasceu Sergipana do polígono das secas e foi para Serra dos Aimorés com toda sua família.

Contou que seus avós eram fazendeiros ricos e que seu pai teve que vender as terras da família por causa de uma seca prolongada por mais de três anos.

Nascida em uma família grande: eram oito moças (incluindo ela), dois rapazes, o pai e a mãe. A família também viveu nas localidades de Lençóis e Bananeira

Entretanto, ela, depois de muitos anos por esse Brasil afora, resolveu instalar-se em Araçuaí.

Fonte: Luz da Lua

Lira e Zefa

O Vale do Jequitinhonha passa a maior parte do ano sob um sol escaldante, que retorce árvores e seca as folhas. As cachoeiras passam a maior parte do tempo com as pedras expostas, com água apenas nos poços. Os rios se transformam em filetes de água, quando não secam completamente.
As maiores riquezas do Vale do Jequitinhonha vêm da terra. De lá, pedras preciosas, depois de polidas, vão encantar terras distantes. Outra riqueza é a arte produzida na região, sendo a argila a principal matéria-prima utilizada pelos artesãos do Vale do Jequitinhonha. Lira Marques e Zefa, de Araçuaí, representam duas dessas riquezas artísticas do Vale.

Lira, além de cantar e trabalhar na preservação musical regional, iniciou sua carreira como ceramista, nos anos 70, ao retratar as esperanças e os desesperos do povo diante da seca. Hoje, depois dessas representações, seu trabalho se dá com uma longa série de máscaras com elementos das culturas negra e indígena. A pintura, seja na pedra, seja no papel, com pigmentos da terra, vem coroando a carreira dessa importante artista popular.

Zefa, com 84 anos, diz que se aposentou. Seus braços e suas mãos já não têm a força para arrancar da madeira suas fortes figurações. Sergipana de nascimento, Zefa fez um caminho longo até Araçuaí. Ao chegar lá, ela diz que se apaixonou. Das malas de madeira que fabricava para sobreviver às suas abstrações, já nos anos 70, a artista trilhou um caminho ímpar ao retratar figuras com traços da cultura do Nordeste brasileiro, na madeira do Vale do Jequitinhonha.

O que une essas duas artistas populares não é só a cidade de Araçuaí. Seus trabalhos constam de coleções particulares e museus do Brasil e do exterior. A importância dessas duas artistas no contexto do Vale do Jequitinhonha e de Minas Gerais é incontestável, e é forte a influência que exercem na produção artística local.



CONHEÇA O VALE 
Reza a lenda que Jequitinhonha, nome do principal rio que banha a região, originou-se dos índios que habitavam o Vale. Eles usavam o "jequi", uma espécie de armadilha em forma de um "puça" para pegar peixe, também chamado de onhas. O índio armava o jequi no rio ao entardecer e, na manhã seguinte, o pai falava para o filho: "Vai menino, vai ver se no jequi tem onha". Uma alusão a essa lenda foi feita nos versos da música “No Jequi tem onha”, do poeta Gonzaga Medeiros. 
“Conta, canta contador,
Conta a história que eu pedi
Dizem que o Jequi tem onha,
Conta as onhas do jequi”.


São Francisco feito em barro pelo artesão Paulo 
A própria presença indígena na origem do nome revela que a ocupação do Vale não é um fenômeno recente. Pelo contrário, teve início por volta de 1550, uma época marcada por várias incursões dos bandeirantes no Alto Jequitinhonha em busca de ouro e diamantes.A primeira reserva de ouro foi encontrada na cidade do Serro, no final do século XVIII, atraindo um grande fluxo de garimpeiros para as proximidades. Assim, formaram-se os primeiros núcleos de mineiros em Diamantina, Minas Novas e Grão Mogol. A formação de vilas, povoados e pequenas cidades aconteceu logo em seguida, quando a mineração começou a se tornar uma atividade altamente lucrativa para os mineradores.
  
Vale em números
 
Em contraste à opulência econômica que caracterizou a região durante o período colonial, a realidade é que hoje o Vale do Jequitinhonha é uma das regiões mais pobres e estagnadas de Minas Gerais. Situado no nordeste do estado, o Vale ocupa uma área de 79 mil km2, com uma população de aproximadamente 940 mil habitantes. É composto, hoje, por 75 municípios, dos quais 52 estão organizados nas microrregiões Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha, e 23 estão integrados à antiga área mineira da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE. A região caracteriza-se por intenso fluxo migratório, pequena oferta de emprego e baixa taxa de urbanização. 


Seu PIB total corresponde a menos de 2,0% do PIB estadual. A agropecuária é caracterizada pela pecuária de corte e uma agricultura na qual predomina a pequena produção de alimentos básicos, atividade pouco dinâmica, descapitalizada e com baixa utilização de insumos e equipamentos modernos. O Vale dispõe de uma precária base industrial, caracterizando-se como uma região sem tradição no setor, que é composto especialmente por pequenas e micro empresas, sem dinamismo econômico, que absorvem uma parcela minúscula da mão-de-obra. 
Uma das características mais marcantes do Vale é o aspecto contrastante da sua realidade econômica. De um lado, a riqueza destacada pelas potencialidades do sub-solo, promissor em recursos minerais, de seu patrimônio histórico e cultural, referência para Minas Gerais e para o Brasil, de seu artesanato diversificado e de seus múltiplos atrativos turísticos. De outro, a extrema pobreza em que vive grande parte de sua população. Todos os municípios apresentam problemas nas áreas de saúde, saneamento e educação.
O meio-ambiente vem sendo sistematicamente agredido pela atividade mineradora, comprometendo seus recursos hídricos.Fontes:Catálogo Pólo Jequitinhonha 10 ano


Araçuaí - Vale do Jequitinhonha
Dona Zefa, a artesã
Em visita a Araçuaí, essa semana, reencontrei a querida Dona Zefa – artesã, benzedeira, contadora de causos, mulher matuta. Logo que chegamos percebemos que ela não demonstrava muita saúde, perguntamos se ela gostaria de conversar e ela não abriu mão disso, abriu porta – e o coração- e nos convidou para entrar e para nos assentarmos. Contou, primeiro, que já não está mais trabalhando, disse que não está dando conta e depois contou vários causos e ensinou rezas - para isso, só precisa de gente que pra ouvir.
Hoje, em sua casa, tem apenas poucas peças feita por ela, peças grandes que segunda ela são mais difícies de serem vendidadas. Mas já aperecem peças lindíssimas de seus “pupilos” (conforme ela mesma trata), além de trabalhos de amigos – vários quadros (que colorem a casa junto com desenhos e fotos). Por fim, perguntamos a ela se ela está feliz e ela não vacila em dizer: “é claro que estou, tenho minha cultura.”.
Dona Zefa faz 88 anos agora, dia 07 de agosto, e segue com essa sabedoria de ser feliz!

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