ESPIRITISMO PARA INICIANTES
(Textos compilados do CEI)
Mesmo entre as pessoas que se dizem espíritas, poucas conhecem realmente o Espiritismo. A grande parte prefere ouvir de outros, a ler as informações em fontes seguras. E, em se tratando de Doutrina Espírita, a fonte reconhecidamente segura é a Codificação Espírita composta pelas obras de Allan Kardec:
• 1) O LIVRO DOS ESPÍRITOS (1857)
• 2) O LIVRO DOS MÉDIUNS (1861)
• 3) O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (1864)
• 4) O CÉU E O INFERNO (1865)
• 5) A GÊNESE (1868)
As orientações aqui contidas NÃO DISPENSAM A LEITURA E O ESTUDO DAS OBRAS BÁSICAS DE ALLAN KARDEC.
POR QUE CONHECER O ESPIRITISMO?
(A cepa é o emblema do trabalho do Criador; aí se acham reunidos todos os princípios materiais que melhor podem representar o corpo e o espírito.)
A maioria das pessoas, vivendo a vida atribulada de hoje, não está interessada nos problemas fundamentais da existência. Antes se preocupar com seus negócios, com seus prazeres, com seus problemas materiais. Acham que questões como «a existência de Deus» e «a imortalidade da alma» são da competência de sacerdotes, de ministros religiosos, de filósofos e teólogos. Quando tudo vai bem em suas vidas, estas pessoas nem se lembram de Deus e, quando lembram, é apenas para fazer uma oração, ir a igreja, como se tais atitudes fossem simples obrigações das quais todos têm que se desincumbir de uma maneira ou de outra. A religião para essas pessoas é mera formalidade social, alguma coisa que as pessoas devem ter, e nada mais; no máximo, será um desencargo de consciência, para estar bem com o Criador. Tanto assim, que muitos nem sequer alimentam firme convicção daquilo que professam, carregando sérias dúvidas a respeito de Deus e da continuidade da vida após a morte. Quando, porém, tais pessoas são surpreendidas por um grande problema, uma queda financeira desastrosa, a perda de um ente querido, uma doença incurável - fatos que acontecem na vida de todo mundo - não encontram em si mesmas a fé necessária, nem a compreensão para enfrentar o problema com coragem e resignação, caindo, invariavelmente, no desespero. O conhecimento espírita abre-nos uma visão ampla e racional da vida, explicando-a de maneira convincente e permitindo-nos iniciar uma transformação interior, aproximando-nos de Deus.
APRESENTAÇÃO
“As instruções dadas pelos Espíritos de categoria elevada sobre todos os assuntos que interessam à humanidade, as respostas que eles deram às questões que lhes foram propostas, foram recolhidas e coordenadas com cuidado, constituindo toda uma ciência, toda uma doutrina moral e filosófica, sob o nome de Espiritismo. O Espiritismo é, pois, a doutrina fundada na existência, nas manifestações e no ensinamento dos Espíritos. Esta doutrina acha-se exposta de modo completo em O Livro dos Espíritos, quanto à sua parte filosófica; em O Livro dos Médiuns, quanto à parte prática e experimental; e em O Evangelho segundo o Espiritismo, quanto à parte moral”.
Allan Kardec
A DOUTRINA ESPÍRITA
Antecedentes
Os fatos atinentes às revelações dos Espíritos ou fenômenos mediúnicos remontam à mais recuada Antiguidade, sendo tão velhos quanto o nosso mundo; e sempre ocorreram em todos os tempos e entre todos os povos.
A História, a este propósito, está pontilhada desses fenômenos de intercomunicação espiritual. O homem primitivo mantinha contato com o mundo invisível, colocava o crânio do defunto fora da caverna na direção do leste, pensando que desse modo a alma do falecido não voltaria; na antiguidade, na Índia, China e Egito, se recebiam mensagens do outro lado da vida através de sacerdotes, hierofantes e pitonisas. Sócrates, desde a infância, era inspirado por daemon, seu Espírito guia.
Os historiadores confirmaram que a imortalidade da alma e a comunicação espiritual têm estado presentes nas culturas antigas, como faculdade natural, sexto sentido ou faculdade Psi. O «Novo Testamento» mostra uma ampla gama desses fenômenos, chamando a mediunidade como carisma ou dom e os médiuns como «profetas». O livro «Atos dos Apostoles» oferece um amplo conteúdo de fenomenologia paranormal, praticadas pelos seguidores de Jesus. Na Idade Média, destaca-se a figura admirável de Joana D’Arc, grande médium, recusando sempre renegar «as vozes do céu».
Nesta época moderna vamos ver a fase inicial do Espiritismo, onde vamos encontrar alguns notáveis antecessores, como o famoso vidente sueco, Emmanuel Swedenborg, engenheiro de minas, insigne teólogo de valioso patrimônio cultural e dotado de largo potencial de forças psíquicas. Em 1775, Mesmer reconhece o poder da cura mediante a aplicação das mãos, ou seja, através da fluidoterapia. Acredita que por nossos corpos transitam fluidos curadores, preparando o caminho para o Hipnotismo do Marquês de Puységur. Andrew Jackson Davis, sensitivo, clarividente e vidente norte-americano. O surgimento do Espiritismo foi predito por Davis no livro «Princípio da Natureza». Ele começou a preparar o terreno, antes que se iniciasse a revelação.
Teresa de Ávila (1515-1582) Conhecida como «a maior mística da igreja», mostrou diversos fenômenos como o êxtase, um sonambulismo mais depurado, o qual foi representado pelo artista Lorenzo Bernini (1647-52).
Saul e Samuel
Com ajuda da pitonisa de Endor, o rei Saul, o primeiro rei de Israel, comunicou-se com o profeta Samuel (Espírito) e este desvelou-lhe o seu futuro e o das suas tropas ao enfrentar os Filisteus. (1 Samuel, cap. 28, v. 5 al 29)
Emmanuel Swedenborg
Um dos mais extraordinários filhos da Suécia. Contribuiu notavelmente para a ciência e a filosofia do seu país e da Europa do setecentos. Desde a sua infância tiveram início as suas visões numa continuidade que se prolonga até sua morte, mas as suas forças latentes eclodiram com mais intensidade a partir de abril de 1744, em Londres. Desde então, afirma Swendenborg, «O Senhor abria os olhos de meu espírito para ver, perfeitamente desperto, o que se passava no outro mundo e para conversar em plena consciência com os anjos e Espíritos». Informa-nos Immanuel Kant, na obra «Sonhos de um Vidente», que em 1756 Swedenborg encontrava-se com uns amigos em Gothenborg a 400 Km. de Estocolmo; às 18hs, o vidente anunciou que tinha iniciado um incêndio que avançava em direção de sua própria casa. Às 20hs., demonstrou grande perturbação pelos danos produzidos. Mas num dado momento acalmou-se e exclamou com alegria que o incêndio tinha cessado 3 portas antes da sua! Dois dias depois confirmou-se a notícia chegada de Estocolmo.
Joana D’Arc (1412-1430)
Desde os 12 anos escutava as vozes do mundo espiritual. Defendeu o território francês durante «Guerra dos Cem Anos» contra os ingleses. Foi condenada à fogueira com 19 anos, num processo religioso que a considerava feiticeira. Em 1920 foi canonizada pelo Papa Bento XV.
Franz Antón Mesmer (1734 - 1815)
O famoso austríaco que abriu um espaço na saúde humana, realizou experiências com o magnetismo e curas com as suas mãos ou «fluidoterapia», entre elas curou Maria Antonieta que sofria de terríveis dores de cabeça; os doutores da Salpêtrière pedem a Luis XVI que se eliminem os trabalhos de Mesmer e que retorne a Viena, onde mais tarde morreria no anonimato.
Andrew Jackson Davis (1826 -1910)
Sensitivo, considerado por Artur Conan Doyle como «o profeta da Nova Revelação.» Na tarde de 06 de março de 1884, Davis foi tomado por uma força que o fez voar, em Espírito, da pequena cidade onde residia, e fazer uma viagem até as Montanhas de Castskill, cerca de 40 milhas de casa. Swendenborg foi um dos mentores espirituais.
Sir Arthur Conan Doyle (1859 - 1930)
Célebre pelo seu personagem de ficção «Sherlock Holmes», manifestou que os fenômenos espíritas tinham sido até o momento esporádicos, mas agora apresentavam uma sequência metódica. No seu livro «História do Espiritismo» asseverou: «Possuem a característica de uma invasão organizada».
Os Fenômenos de Hydesville
O ano de 1848 constitui o ponto de partida do Espiritismo. Nos Estados Unidos da América do Norte, na aldeia de Hydesville, condado de Wayne, Estado de Nova York, começaram a produzir-se uma serie de fenômenos que chamaram atenção da sociedade da época. Foi a 31 de março de 1848 às 22 horas que esses ruídos insólitos surgiram de maneira mais ostensiva. A noite foi terrível, das paredes provinham pancadas ou ruídos (rappings ou noises) que pareciam provir de uma inteligência oculta que desejava comunicar-se. As irmãs Katherine e Margareth Fox, duas meninas de 11 e 14 anos foram dormir no quarto de seus pais, mas os ruídos aumentaram; a irmã mais nova começou a bater palmas e da parede ouviu-se o mesmo número de batidas. A menina fazia perguntas e a parede respondia com um golpe para dizer «SIM» e com dois golpes para dizer «NÃO». Descobriu-se que as revelações ruidosas partiam do Espírito de um mascate, de nome Charles Rosma, que fora assassinado e sepultado no porão da casa, pelos antigos proprietários e que só agora podia comunicar-se com a família dos Fox, adeptos da igreja Metodista. Os acontecimentos comoveram a população da vila, aparecendo depois as primeiras demonstrações públicas no salão maior de Rochester, o Corinthian Hall, o que resultou na formação do primeiro núcleo de estudos. Um dos frequentadores, o Sr. Isaac Post, implementou um sistema de comunicação através de um alfabeto para formação de palavras mediante convenção de que cada letra corresponderia a determinado número de pancadas. Foi somente em 1910 que uns meninos encontraram no porão da casa, cabelos e ossos do antigo mascate Charles Rosma, constatando o fato.
Ilustração da primeira comunicação obtida em Hydesville, quando Kathe Fox recebe resposta a seus sinais, preparando o terreno para o início do Espiritismo.
As irmãs Fox
As mesas girantes
As mesas «girantes» ou «dançantes» sempre representaram o ponto de partida da Doutrina Espírita. Paris inteira assistia, atônita e estarrecida, a esse turbilhão fantástico de fenômenos imprevistos que, para a maioria, só alucinadas imaginações poderiam criar, mas que a realidade impunha aos mais céticos e frívolos.
Em 1850, os fenômenos se trasladaram para Europa e surgiram as chamadastables parlantes ou mesas girantes.
Tratava-se de uma mesa redonda com uma base de três pernas, ao lado da qual sentavam-se as pessoas, colocando as suas mãos sobre a superfície da mesa, a qual se movimentava, girava ou se mantinha sobre duas pernas para responder as perguntas. Por intermédio de um código alfabético semelhante ao usado pelas irmãs Fox, era possível conversar com o «invisível».
A sociedade francesa se divertia ao fazer perguntas à mesa. Estas sessões se converteram numa espécie de febre em Paris. A senhora Girardin desenhou uma sofisticada mesa, que tinha o alfabeto desenhado na sua parte superior. Um ponteiro metálico formava parte também do engenhoso instrumento. Conforme girava, ela anotava as letras escolhidas pelas forças invisíveis para fazer seus ditados. A comunicação evoluiu, passando-se a utilizar uma cestinha, na qual se introduzia uma caneta e sobre ela, os participantes colocavam as mãos. Logo surgiu a escrita automática, onde se colocava a caneta apoiada na mão do médium para receber as mensagens.
Diversos tipos de objetos foram utilizados para a comunicação mecânica com os Espíritos. Tal é o caso das tabelinhas e cestas usadas inicialmente na obtenção da psicografia.
Grace Roser Médium dotada para a « escritura automática » chegou a reproduzir com exatidão a caligrafia do Espírito comunicante.
Allan Kardec
Hippolyte-Léon Denizard Rivail nasceu em 3 de outubro de 1804, na cidade de Lyon, França; e chegou a ser célebre com o pseudônimo de Allan Kardec. Em Lyon fez os seus primeiros estudos, seguindo depois para Yverdun, na Suíça, a fim de estudar no Instituto do célebre professor Johann Heinrich Pestalozzi, que era a escola modelo da Europa.
Concluídos os seus estudos em Yverdun, regressou a Paris, onde se tornou conceituado Mestre não só em letras como em ciências. Conhecia algumas línguas como o italiano, alemão, etc. Encontrando-se no mundo literário de Paris com a professora Amélie-Gabrielle Boudet, contrai com ela matrimônio. Rivail publica numerosos livros didáticos. Entre as obras publicadas, destacam-se: «Curso Teórico e Prático de Aritmética», «Gramática Francesa Clássica», além de programas de cursos ordinários de Física, Química, Astronomia e Fisiologia. Ao término desta longa atividade e experiência pedagógica, o professor Hippolyte estava preparado para outra tarefa, a codificação do Espiritismo. Começa então a missão de Allan Kardec quando em 1854 ouviu falar pela primeira vez das mesas girantes, através do amigo senhor Fortier, que o convida para assistir a uma reunião de mesas falantes. Pensando em descobrir novos fenômenos ligados ao magnetismo, pelo qual se interessava, aceita o convite. Depois de algumas sessões, começou a questionar-se para achar uma resposta lógica que pudesse explicar o fato de objetos inertes emitirem mensagens inteligentes. Rivail perguntava-se: como pode uma mesa pensar sem ter cérebro e sentir sem ter nervos? Mais tarde chegaria à conclusão de que não era a mesa quem respondia, e sim, as almas dos homens que já tinham vivido na Terra e que agora se valiam delas para se comunicarem.
Yverdon, Suiça. O Instituto do célebre Johann Heinrich Pestalozzi (1746 - 1827), conhecido como «o educador da humanidade», foi um dos mais famosos e respeitados em toda Europa, conceituado como escola modelo, por onde passaram sábios e escritores do velho continente.
A Missão
O Codificador intrigava-se dia após dia. Em 30 de abril de 1856, uma mensagem foi destinada especificamente para ele. Um Espírito chamado «Verdade» revelou-lhe a missão a desenvolver. Daria vida a uma nova doutrina, que viria para dar luz aos homens, esclarecer consciências, renovando e transformando o mundo inteiro. Kardec afirmou que não se considerava um homem digno para uma tarefa de tal magnitude, não obstante, faria todo o possível por desempenhar as obrigações que lhe tinham sido encomendadas. No que tange ao método, Kardec adota o intuitivo - racionalista Pestallozziano: teoria, teoria-prática e prática na aprendizagem. Em 18 de abril de 1857 publica «O Livro dos Espíritos», 501 perguntas realizadas através de diferentes médiuns aos Espíritos Superiores. Por sugestão dos próprios Espíritos, assina com o pseudônimo de Allan Kardec, nome que tinha numa existência anterior quando foi sacerdote druida.
No ano 1858 edita a «Revista Espírita», em 1 de abril funda a primeira Sociedade Espírita – «Société Parisienne des Études Spirites»- sucessivamente publica «O Livro dos Médiuns», «O Evangelho segundo o Espiritismo», «O Céu e o Inferno» e «A Gênese». Trabalhador infatigável, chamado por Camille Flammarion: o bom senso encarnado, Allan Kardec, desencarnou a 31 de março de 1869. Cumprida estava a missão do expoente máximo do Espiritismo, a coordenação e codificação da Terceira Revelação.
Residência de Allan Kardec, na Rue e Passage Sainte-Anne N° 59, em Paris, onde concentrava as suas atividades espíritas.
Dólmen de Allan Kardec com arquitetura de estilo celta, encontra-se no Père-Lachaise. O ceminterio mais importante de Paris; e um dos mais visitados do mundo.
Em 31 de março de 1870, foi inaugurado o dólmen de Kardec, que se converteu em ponto de atração para os turistas que visitam a necrópole.
Amélie-Gabrielle Boudet (1795-1883), Conhecida mais tarde como «Madame Allan Kardec», a professora Amélie colaborou com seu esposo nas suas atividades didáticas, além de ser uma dedicada companheira que o apoiou em todos os momentos.
Os Continuadores
Inumeráveis pesquisadores somaram-se à causa espírita assim como notáveis médiuns, entre eles: Daniel Dunglas Home (levitação); Eusápia Palladino (materializações), estudada por Cesar Lombroso, o grande criminalista italiano; Florence Cook, estudada até a saciedade e levada ao laboratório por Sir William Crookes, que chegou a comprovar a realidade dos fenômenos de materialização de Katie King (Espírito).
Outros estudiosos como: Léon Denis, Gabriel Delanne, Camille Flammarion, Alexandre Aksakof, Gustave Geley, Sir William Barret, Sir Oliver Lodge, Ernesto Bozzano, Albert de Rochas e o destacado Prêmio Nobel de Fisiologia Charles Richet deram continuidade às investigações.
Os Continuadores
Os Continuadores
Léon Denis
(1846 - 1927)
Considerado como um dos principais seguidores de Allan Kardec e difusor da Doutrina Espírita. Escreveu diversos livros como «Cristianismo e Espiritismo»; «Depois da Morte»; «O problema do Ser, do Destino e da Dor», entre outros. Sua mensagem amplamente expressada era: «Sempre adiante; sempre mais longe; sempre mais alto».
Camille Flammarion
(1842 - 1925),
Famoso astrônomo francês soma-se às fileiras espíritas, amigo de Allan Kardec, a quem designou «o bom senso encarnado».
Amalia Domingo Soler (1835 -1909)
Conhecida como a «Grande Dama do Espiritismo», Amalia é considerada uma das maiores médiuns e escritoras espíritas da Espanha. Fomentou o primeiro Congresso Espírita Internacional em 1888 e promoveu os movimentos espíritas nascentes em vários países da América Latina. Escreveu diversos livros, entre eles «Memórias do Padre Germano»; «Ramos de Violeta»; «Perdoo-te! » e «A Luz da Verdade».
Gabriel Delanne
(1857 - 1926),
Junto com Léon Denis, foi o discípulo mais próximo de Kardec. Fundou a «Revista Científica e Moral do Espiritismo». Escreveu diversos livros, entre eles «O Espiritismo perante a Ciência»; «O Fenômeno Espírita» e «A Evolução Anímica».
Sir William Crookes (1832 - 1919)
Sábio eminente, que aportou novos conhecimentos de Física, é considerado como a maior autoridade da Ciência na Inglaterra em 1878, estudou a médium Florence Cook e o Espírito Katie King, a quem pesou, mediu, tomou a temperatura e o pulso, examinou as vestes, unhas, e corpo, tomando-lhe 18 fotografias. Com experiências repetidas em laboratório, concluiu em 31 de maio de 1875 e escreveu à Sociedade Dialética de Londres: «Os senhores me solicitaram observar se os fenômenos eram possíveis, mas eu lhes direi que não só são possíveis como são reais». Foi condecorado pela rainha Vitória com o título de «Sir.»
Pierre-Gaetan Leymarie
Pioneiro espírita, continuador da «Revue Spirite» e editor de «Obras Póstumas».
Charles Richet (1850 - 1935)
Prêmio Nobel de Fisiologia em 1913, descobridor da Soroterapia e pai da Metapsíquica, teve um papel fundamental ao desvendar os fenômenos anímicos.
Daniel Dunglas Home (1833 - 1866)
O maior médium de efeitos físicos. Em 1868, Home, ao estar num dos quartos do terceiro andar do hotel Ashley House, diante de várias pessoas, levitou saindo por uma janela e entrando por outra. Foi estudado por Sir William Crookes e por Allan Kardec.
César Lombroso (1835 - 1909)
Cientista mundialmente conhecido pelos seus trabalhos no campo jurídico. Lombroso foi um dos maiores médicos criminalistas do século XIX. Tornou-se espírita depois de realizar experiências mediúnicas com Eusápia Palladino, quando numa sessão participou da materialização do Espírito de sua própria mãe. Escreveu o livro «Hipnotismo e Mediunidade.»
Eusápia Palladino (1854 - 1918)
Estudada por Lombroso, Richet e diversos pesquisadores, a famosa médium italiana produzia golpes, levantava objetos diversos, como sinos que soavam estrondosamente.
Friedrich Jurgenson
Em 1959, o cineasta sueco gravou o canto de pássaros numa ilha; ao verificar a fita detectou que haviam «vozes estranhas», chamando-as «vozes paranormais». Jurgenson chegou a ter milhares de mensagens do mundo espiritual gravadas, considerado um dos pioneiros da Transcomunicação Instrumental - TCI.
Joseph Banks Rhine
O «pai da parapsicologia moderna», levou em 1934 esta ciência à Universidade Duke, na Carolina do Norte, onde criou um laboratório para as experiências usando o método científico.
No ano de 1932, na Universidade de Duke, Carolina do Norte (USA) foi criada a primeira faculdade de Parapsicologia, dirigida pelo casal Rhine junto ao professor Zenner Karl Zener, iniciando uma nova ordem de experimentos, os chamados PSI ou extra sensoriais.
A Parapsicologia sucedeu a Psychical Research (Inglaterra) e a Metapsíquica (França). Em 1970, iniciam-se os primeiros estudos de Psicobiofísica, ciência que estuda os fenômenos Psi, fenômenos que interferem no corpo em nível emocional e mental. Finalmente surge a Psicotrônica, que estuda a paranormalidade registrada através de aparelhos eletrônicos, iniciada com os experimentos de gravadoras, por Friedrich Jurgenson e pelo professor Konstantin Raudive. Mais tarde aparece a Transcomunicação Instrumental - TCI (ainda na etapa experimental), permitindo contatos via telefone, televisão e computador, criando-se aparelhos como o Spiricom e o Vidicom com os quais captam-se mensagens e imagens do além, confirmando o que tinha sido comunicado pelos Espíritos Superiores a Kardec.
Dr. Raymond Moody Jr.
O famoso psiquiatra norteamericano, autor do best seller «Life after Life» (Vida depois da Vida) e a Dra. Elizabeth Kübler-Ross são pesquisadores das Experiências de Quase - Morte.
Vidicom
Aparelho de televisão que permite capturar imagens do outro lado da vida. Nas fotos aparecem Konstantin Raudive (superior) e Friedrich Jurgenson (inferior). Ao lado esquerdo quando estavam encarnados e ao lado direito suas imagens depois de desencarnados.
Konstantin Raudive
(1906 - 1974)
Filósofo e psicólogo nascido em Latvia, foi pioneiro da TCI na Europa. A partir de 1964 dedicou-se à investigação das «vozes», deixando arquivados 72 mil mensagens gravadas.
Obras Básicas
O desenvolvimento da Codificação Espírita, basicamente, teve início na residência da família Baudin, no ano de 1855. A casa tinha duas jovens que eram médiuns. Tratava-se de Julie e Caroline Baudin, de 14 e 16 anos respectivamente. Todo o trabalho da nova revelação era revisado várias vezes, para evitar erros ou interpretações duvidosas. As questões mais graves, relativas à Doutrina, eram revisadas com o auxílio de até dez médiuns. Das perguntas elaboradas aos Espíritos nasceu «O Livro dos Espíritos», publicado em 18 de abril de 1857. Allan Kardec, na etapa de sua vida espírita, dedicou-se intensivamente ao trabalho da expansão e divulgação da Doutrina Espírita. Viajou 693 léguas, visitou 20 cidades e assistiu a mais de 50 reuniões doutrinárias de Espiritismo, na sua viagem pelo interior da França no ano de 1862. Fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que se destinaria a estudar, divulgar e explicar a nova doutrina. Em 10 de janeiro de 1858, o Codificador abraçou uma nova atividade. Inaugura a «Revista Espírita», de publicação mensal, cujo objetivo era informar aos adeptos do Espiritismo sobre seu crescimento e debater questões vinculadas às práticas doutrinárias; assim, teve início a imprensa espírita.
Ilustração da época da Livraria Dentu, na Galerie d’Orléans do Palais Royal, Paris. Lugar onde foi lançado «O Livro dos Espíritos».
O Livro os Espíritos (original em francês) Em 18 de abril de 1857 foi publicado e com ele veio à luz a Doutrina Espírita.
Obras Básicas da Codificação Espírita para a orientação dos seguidores do Espiritismo. Os cinco livros básicos de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita, também conhecidos como «Pentateuco Kardequiano», são: O Livro dos Espíritos; O Livro dos Médiuns; O Evangelho segundo o Espiritismo; O Céu e o Inferno; A Gênese. Neles, Allan Kardec reuniu os ensinamentos da Espiritualidade Superior, organizando e analisando, de forma que ficassem claros e interessantes.
Sem comentários:
Enviar um comentário