Nem só de samba, suor e cerveja se faz um carnaval. Veja como os foliões se divertem mundo afora!
ALEXANDRE CARVALHO PUBLICADO EM 02/03/2019, ÀS 08H00
Festa e resistência
Mais que uma celebração hedonista, o Mardi Gras LGBT de Sydney, na Austrália, é um festival multifacetado, que além de parada gay tem mostra de filmes e painéis de
debates sobre a condição dos homossexuais. Em 1978, participantes foram presos – ainda era ato criminoso ser gay no estado de New South Wales, onde tudo começou.
O maior do mundo
Os desfiles de escolas de samba são o evento mais midiático. Mas o Carnaval do Rio de
Janeiro – que reúne algo em torno de 2 milhões de pessoas – tem sua origem e essência na festa de rua: a tradição dos blocos vem desde o século 19. Nos anos 1950 (a foto é de 1953), gente seminua se misturava nas avenidas ao pessoal de paletó. E no baile do Copacabana Palace não faltavam marmanjos cantando marchinhas de smoking – correndo atrás de colombinas da alta sociedade.
Sagração da primavera
Tem Carnaval onde menos se imagina – como numa pequena vila austríaca. E com uma tradição de séculos – há registros de 1740. Esse é o Schellerlaufen, que acontece em Nassereith, povoado de pouco mais de 2 mil pessoas próximo à fronteira com a
Alemanha. As festividades têm dois personagens que não podem faltar: um urso
(alguém fantasiado), representando a primavera que chega, e um caçador, simbolizando o inverno.
Os melhores mascarados
A sofisticação das máscaras é o aspecto mais marcante do Carnaval de Veneza. E elas
têm significados diversos. As de nariz proeminente e pontiagudo representam o personagem “médico da peste”. Isso porque são inspiradas numa máscara de origem nada festiva – era uma proteção inventada no século 17 pelo médico Charles de Lorme para evitar que se infectasse com as doenças de seus pacientes.
Cabeções franceses
Não é só em Olinda. A tradição do Carnaval de Nice, na França, também tem suas cabeças gigantes (na foto, de 1925) e bonecos representando personalidades ou figuras
do mundo da fantasia. Outro costume dessa festa da Riviera Francesa é a “batalha de flores”: os foliões nos carros alegóricos, ou no chão mesmo, atiram flores de todas as cores em quem estiver por perto. Muitas vão direto para os vasos das casas dos “atingidos”.
Mardi Gras nos EUA
Em vez de samba, muito jazz. No lugar da cachaça, aguardiente de Ojén, bebida espanhola à base de anis. Mas o Carnaval de New Orleans tem semelhanças com o
brasileiro. A influência da cultura negra – que se mistura com ícones da mitologia grega –, uma terça-feira gorda e até um tipo de Rei Momo. A festa tem um apelo internacional
tão forte que o número de pessoas na cidade dobra nos dias dessa celebração americana.
Marmita carnavalesca
No Carnaval rural de Louisiana, a graça – além de se embebedar – é mendigar comida dos sítios da região para engrossar um gumbo (guisado típico) do bloco de fantasiados.
Ganhar uma galinha viva (como na foto, de 1991) é motivo de comemoração. O costume
caipira tem origens na Europa Medieval, quando pobres se juntavam em datas próximas
a festividades religiosas para pedir alimento nos castelos – cantando e dançando em retribuição à generosidade dos abonados.
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