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MEDITANDO E ENTENDENDO A MORTE


Não há motivo para se encará-la com dor. A morte, como diz o V.M. Samael Aun Weor, é a coroa da vida. Muitos problemas sérios e profundos advém da não compreensão da morte. A morte e a vida são irmãs gêmeas. Em verdade, não há como amar uma sem amar a outra.
1. Todos têm de morrer
Por que vivemos elaborando planos para o futuro e nunca levamos em consideração a morte? Ela é inevitável a todos e, no entanto, fingimos não vê-la.
Para gerar a percepção da inevitabilidade da morte, lembre-se, em primeiro lugar, de pessoas que já morreram: grandes filósofos, escritores famosos, governantes, músicos, santos, pessoas comuns, amigos, etc.
Não importa quanto poder elas detiveram, quão sábias e reconhecidas foram, o fato é que todas morreram. Medite detidamente em tudo isso.
Pense agora em todas pessoas conhecidas por você: seu pai, irmão, mãe, filho, primo, amigo, colega de trabalho.., enfim, todos morrerão um dia.
Analise pessoa por pessoa, e veja que a morte é inevitável para todos. Medite sobre os seres humanos desse planeta, cuja vida ainda não se esgotou. Daqui a cem anos, desses bilhões de pessoas, apenas algumas estarão vivas. Você, muito provavelmente, já não estará mais aqui.
Medite profundamente e procure sentir com todo o seu ser.
2. Seu tempo de vida decresce
O tempo está passando. Há 1 minuto você era uma pessoa diferente. Nesse insignificante período de tempo seu organismo já se transformou. Células vivas que existiam já não existem mais.
Mesmo sentado, o tempo passa. Os segundos se transformam em minutos, os minutos em horas, as horas em dias, os dias em meses, os meses em anos. Você está cada vez mais perto da morte. Ela é inevitável. Mantenha como objeto de sua meditação essa experiência: o fluxo ininterrupto de tempo levando-o para o fim da vida.
Se você estivesse para morrer agora, tivesse que saltar de um avião sem pára-quedas, ou de cima de um edifício de 20 andares, estaria absolutamente consciente de sua morte. Imagine que isso está acontecendo já. Observe o que ocorre com você.
A sua realidade não é diferente, você está caminhando para a morte.
3. O tempo para desenvolver-se
o que permanece após a morte? Nosso corpo físico desaparece. Nossas emoções e pensamentos são transitórios; irão junto com o corpo físico em seus tempos respectivos. O que permanece de essencial e divino no homem, após a morte, é a consciência. Quanto tempo você tem se dedicado para despertá-la?
Num dia comum quantas horas você dorme? Trabalha? Come e vive socialmente? Quantas horas de divertimentos fugazes, prazeres passageiros, e preguiça? O que você faz todas as noites e manhãs? Procura alimento para o Ser que é eterno ou para o desejo efêmero e para mente insaciável? Existe depressão? Frustração? Ciúmes? Preguiça? Dor?
Medite profundamente na necessidade de começar a praticar diariamente. Determine-se a fazê-lo.
Meditando nesses 3 primeiros tópicos, você desenvolverá a determinação de utilizar sua vida mais sabia e conscientemente.
4. A duração da vida humana é incerta
Se todos morrêssemos com uma idade pré-fixada poderíamos nos preparar. No entanto, a morte vem como ladrão na noite. Não existe a certeza de quando vamos morrer.
A vida pode ser interrompida a qualquer momento: no nascimento, na infância, adolescência, juventude, na casa dos 60 ou 80 anos. Ainda que esperemos viver muito, não temos a certeza disso.
É muito difícil nos convencermos que a morte pode ocorrer daqui a alguns instantes. Queremos acreditar que nossa existência está segura.
Medite sobre a insegurança de sua vida Desenvolva a idéia da incerteza quanto ao momento da sua morte. Pode ser a qualquer hora.
5. Existem muitas causas para a morte
Ouvimos falar diariamente sobre erupções, vulcões, terremotos, guerras, catástrofes e muitos outros desastres que levam consigo milhares ou milhões de pessoas num período de tempo curtíssimo.
Para outras pessoas, a morte chega inesperadamente, através de ataques cardíacos, câncer, AIDS, etc. Outros ainda se deparam com a morte através de assassinatos, acidentes aéreos, automobilísticos, afogamentos e incêndios. Mesmo aquilo que acreditamos estar nos ajudando, amparando nossa existência, pode nos matar. É o caso da alimentação e dos remédios. Por fim, chega a velhice
Além da formas diferentes de morrer, podemos morrer em diversos lugares diferentes. Crianças morrem no útero, pessoas morrem andando, da escola para casa, da casa para o trabalho. Morrem na praça, nos esportes, na escola, preparando o jantar, dormindo. Pode acontecer a qualquer momento, em qualquer ocasião.
Medite sobre isso. Essa é natureza da existência humana no planeta onde vivemos. Entenda que você também está incluído nesse sistema.
6. A fragilidade do corpo
Perceba como o corpo é extremamente vulnerável. Você pode se ferir e fraturá-lo a qualquer momento. Num instante você pode estar se sentido saudável e forte ,e, no outro, cheio de dor e fraqueza.
Traga à sua mente os momentos que você já se machucou ou feriu seu corpo. Lembre-se de seu estado de saúde na época e como tudo isso pode voltar, devido a qualquer descuido de sua parte ou de outros. Você pode até morrer devido a isso.
Seu corpo não durará muito. Talvez permaneça belo e saudável 10, 20 ou 30 anos. Talvez já nem seja mais belo ou saudável. O que representa 30 anos na escala universal? Um segundo e nada mais
Mesmo que evite qualquer doença ou acidente, seu corpo degenerará e perderá toda beleza e vitalidade. Um dia morrerá. Medite profundamente sobre a adoração e o apego ao corpo.
Os exercícios 4, 5 e 6 faz-nos compreender e tomar a decisão imediata dE iniciar já um trabalho sério de desprendimento, pois o futuro é extremamente€ incerto.
7. O ato de morrer
Nessa prática você visualizará sua própria morte. Enquanto você morre em seu leito, seu corpo vai se tornando cada vez mais fraco. Todas as suas posses e prazeres já de nade valem, eles não podem lhe ajudar. Nesse momento, para onde se voltam seus pensamentos?
Lembre-se do passado: quando você estava muito doente, refugiava-se na satisfação material através dos remédios, do sono, da música, das drogas, do álcool, etc. Eles podem lhe ajudar agora?
Pense em todo o trabalho de sua vida para adquirir bens materiais. O que podem fazer por você agora?
Medite sobre sua dependência em relação á matéria. Lembre-se de que você não poderá levar nada consigo para a marte. Nada pode lhe auxiliar nesse instante, e quanto maior o seu apega maior será seu sofrimento e desespero na hora de sua morte. Medite na necessidade de paz para morrer. Como e onde encontrar tal paz?
8. Não pode haver ajuda
Na hora de sua morte você pedirá ajuda a seus entes queridos. Lembrar-se4 do carinho e do conforto que em vida eles lhe deram. Mas agora, quando você estiver morrendo, seus entes queridos não poderão fazer nada ou muito pouco por você. Você está absolutamente só durante a experiência da morte.
Agarrar-se aos entes queridos e sentir-se pesaroso ao separar-se deles somente perturbará sua mente, causando mais apego e sofrimento. Como morrer pacificamente dessa maneira?
Perceba e reconheça o apego que você tem pelos familiares. Compreenda como é inapropriado tal apego, seja na vida ou na morte.
9. A decrepitude do corpo
Seu corpo sempre foi seu bem mais precioso. Desde o nascimento até hoje, você vem mantendo-o limpo, alimentado, saudável e o mais belo possível. Ninguém o conhece mais do que você mesmo. Através dele você experimentou todos os tipos de prazer e dor.
No entanto, ele está morrendo e, indubitavelmente, terá que haver uma separação. Seu corpo não lhe pertencerá mais. A terra há de tragá-lo, os vermes haverão de comê-lo, ele simplesmente haverá de entrar em decomposição. De que lhe serve agora, na hora de sua morte.
Medite sobre o forte apego que você tem sobre seu corpo. Provavelmente você desconhecia ou pouco sabia sobre o grande apego a seu corpo. Medite na impossibilidade de qualquer benefício de seu corpo para com você na ocasião de sua morte. O medo e a dor do apego somente aumentarão seu sofrimento.

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