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sexta-feira, 26 de julho de 2019

O JUMENTINHO

Conta-se, que Francisco de Assis, ao se fazer o portador da mensagem do Cristo, em plena Idade Média, estabeleceu para si mesmo regras extremamente rígidas. Seu objetivo não era fundar uma Ordem religiosa. Ele desejava simplesmente servir ao próximo. Mas para que pudesse pregar nas igrejas, Francisco de Assis se submete à exigência do Vaticano e funda uma Ordem. As regras que estabeleceu eram severas, onde, entre outras coisas, não era permitido usufruir senão do estritamente necessário.
Seu quarto parecia uma cela, sem conforto algum. Para cobrir o corpo. ele usava um tecido áspero, em forma de túnica, com uma corda na cintura, à guisa de cinto. O tecido era desprezado pelos mercadores da cidade de Assis, pois era aquele usado como embalagem das fazendas, sedas e veludos.
Para as refeições, Francisco era extremamente frugal, alimentando-se um pouco menos que o necessário. Até mesmo porque pensava sempre nos outros, antes que em si mesmo e nas suas necessidades e satisfações pessoais.
Certo dia, estando a meditar, apareceu Frei Leão, um de seus mais próximos companheiros. Ele dizia que tinha um problema e desejava o auxílio de Francisco para a solução. Então falou: -eu conheço uma pessoa que tem um jumentinho. Ele é muito frágil, magro, doente. Apesar disso, seu dono não o alimenta bem e exige muito dele.
Ele monta no animal e exige ser carregado? Perguntou Francisco.
Sim, Francisco. O pobre do animal mal se aguenta em pé e o dono lhe exige isso e muito mais. Não tem piedade para com ele. Diga-me, que devo dizer a esse homem?
Francisco respondeu a Frei Leão: - que maldade! Pois traga-me esse homem e eu falarei com ele. Dir-lhe-ei como se deve tratar os animais.
Frei Leão docemente esclareceu: - Francisco, é você o dono do jumentinho. Seu corpo é o jumentinho que o leva a todo lugar e não está sendo bem tratado.
Verdade, Frei Leão? Eu faço isso com meu corpo? Trato-o tão mal assim? E, ante a afirmação do companheiro, Francisco ali mesmo se ajoelhou e orou: - meu doce jumentinho, me perdoe. Nem percebi que estava a tratar tão mal a você, de quem dependo para realizar minha obra. Terei mais cuidado, daqui em diante.
A narrativa nos leva a nos perguntarmos: estamos tratando bem nosso corpo? Tem sido adequada a alimentação? Temos lhe permitido o repouso devido e temos atendido às suas dores?
Pensemos nisso! Nosso doce jumentinho é nosso instrumento de trabalho na Terra.
Vamos tratar bem dele e atendê-lo nas suas solicitações.
Com base em artigo do Momento Espírita.

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